quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Abaixo, o velho rio. Como todas aquelas vidas, como todos aqueles sonhos, vão e vão. Os pés maltratados e sujos. Quantas feridas. Passos largos e rápidos, hoje doentes e cansados. Quantos amores. Fardo pesado daqueles que mais foram amados do que verdadeiramente amaram alguem, talvez poucas. Quantas mulheres. Velho, talvez menos do que pareça, mas muito mais do que mereça. Sozinho, não por falta, mas por escolha. Um ultimo vôo, não como aquele da bebida barata. Quantas noites. O sol queima a vista cansada, um salto e nada mais vale a pena.

Hércules Del Marco

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