terça-feira, 28 de junho de 2011

ROÇA 'N' ROLL - Varginha 2011

DIÁRIO DE BORDO

Sábado, 25 de junho de 2011, fizemos mais uma “barca” do Coletivo Beerock para um dos nossos eventos anuais preferidos. Eu, Neto, Alysson e Manoel rumamos para Varginha para mais uma noite de delírio no Roça ‘n’ Roll.

O objetivo desse texto não é fazer um informativo ou um release (sic) do evento. Nada disso! Estou postando no meu blog de “insanidades” porque o objetivo é justamente isso: um simples relato da viagem, invejando os amigos do La Carne. Vamos lá!


Depois de alguns dias na lógica alcoólica: acordar para beber e beber para dormir (feriado na quinta e recesso na sexta), no final da tarde de sábado eu estava mais destruído que o Afeganistão. Mesmo assim, alguns compromissos não podem ser desconsiderados, principalmente quando se trata da nossa expedição anual para o Roça – um dos maiores festivais de rock do Brasil e provavelmente o melhor no quesito Metal no interior.

Nada melhor para curar ressaca do que beber mais... foi assim que a noite começou. Quando passamos por Paraguaçu me deu vontade descer do carro, roubar aquele avião e pilotar até a Fazenda Estrela – ótimo sinal de que estava tudo jóia. Depois de uma perdidinha básica na estrada para Monsenhor Paulo chegamos ao local do evento daquele jeitinho.

Foi a minha 6ª expedição, mas o festival já existe há treze anos. Ainda no estacionamento tivemos a impressão que tinha menos gente - estávamos enganados. Ao entrar, uma constatação: tinha gente pra caralho!

A notícia triste foi que perdi dois dos shows que mais queria ver. Quem pediu para chegar tarde? Uma pena não ver a Gangrena Gasosa e a Periferia S/A. Fica para uma próxima oportunidade. De cara, encontramos os brothers da Seven Keys. É muito bom ver que uma banda de Guaxupé foi selecionada para tocar num lugar phóda como o Roça. Eles tocaram cedo, no palco das bandas regionais. É isso ae meninos! Logo vocês estarão no palco principal. Fica a lição para as outras bandas de Guaxupé. Quem luta pra valer, nunca perde.

Fomos para frente do palco principal para assistir o Thuata de Dannan. É a sétima vez que vejo esses caras ao vivo e nem preciso dizer que sou fã - alguns clássicos cantados a plenos pulmões e passos de uma dança celta digna de um bêbado. Senti um pouco de falta de entrosamento na banda; também pudera, o Bruno Maia tem se ocupado com seus projetos e ainda por cima é o “cara” por trás daquele festival. Exigir mais dele seria como pedir para “cobrar escanteio e cabeciar”. O Bruno conseguiu construir algo que poderíamos chamar de milagre. Valeu grande brother!

Enquanto o André Matos não começava, mais um role no local... uma ou outra dose de wisky... uma trolada... algumas risadas... enfim, ir no Roça com os indivíduos do coletivo é pura diversão. Senti falta da barraca de quentão, mas tá valendo.

André Matos no palco, boa performance da banda. A voz tava sumindo um pouco, talvez pelo frio ou pelo som, não sou expert nesses assuntos. Alguns clássicos de sua carreira com outras bandas e a galera delirando.

Chegou a hora dos gringos. O Cathedral era uma das atrações mais esperadas. Os caras anunciaram que seria o ultimo show no Brasil e tals. Um ótimo show! Músicas cadenciadas e obscuras, digna de um dos percussores do Doom metal. Outros sons mais alternativos, flertando com o Stoner. Vi alguns headbangers trocerem o nariz. Mas é assim mesmo: existe gente mais xiita que metaleiro? Há!

Mais rolê, mais wisky, mais trolagem, apelidinhos, risadas... encontros com os amigos de Guaxupé que estavam por lá... vai vendo...

Dr.Sin no palco - grande expectativa. Valeu a pena! Os caras tocam demais... até demais da conta. Tem hora que fica parecendo aula de música. O entrosamento é perfeito. Os instrumentos são lindos. Quero uma guitarra que brilha do escuro! Futebol, Mulher e Rock’n Roll continua um clássico absoluto. Enquanto uma outra banda começou a ligar os instrumentos no outro palco, a galera mandou uma vaia e começou um coro dr.sin, dr.sin, dr.sin.... yeah!

Ultima banda, não sei o nome. Já estava pra lá de Bagdá. O Manoel Maníako (D.D.E. do Beerock) me arrastou pra fora e zarpamos. Poeira, neblina, viagem, vertigem. Na verdade, eu queria entrar na cidade de Varginha para roubar aquela Millenium Falcon que fica no centro. Os brothers não deixaram. Altos papo no caminho de volta, talvez para evitar que o motorista resolvesse dar um mergulho no lago.

Será que existe alguma competição do tipo “maior cristo” entre as cidades? Putz, aquele Cristo de Elói Mendes é gigantesco! Tentamos dar carona para o Cristo de Monte Belo que fica pedindo carona no trevo... ele nem deu moral.

Guaxupé novamente, desmaio na cama com as ultimas energias que me restam. O domingo não vai ser um dia fácil...

Valeu roceiros! Parabéns Bruno e galera da Cangaço! Um salve para todos que foram. Pro pessoal que trampou, que tocou, especialmente a Seven Keys. Desculpa as zoeiras, os gritos, as trolagens, a fumaça... foi demais!!!!

Ano que vem tem mais! Tem muito mais!!!

Allright!!!!!


*** Em tempo:

Voces sabiam que o Cristo de Elói Mendes é maior do que o do Rio de Janeiro???

Sabem o que isso significa???

- NADA!!!


quarta-feira, 15 de junho de 2011

Outro do mesmo jeito...

Plano demais. Talvez seja os pampas, talvez os alazões. Não se vê mais cavalos por aqui, só carros provavelmente roubados. Nas fronteiras as leis se flexibilizam.
Mesmo sem saber direito onde era, entrei. Um pouco de poeira, um moleque massando barro, uma menina estendendo roupas no quintal. É sempre assim, meio bar, meio vida de alguém. Ali todos desconfiam da própria sombra, afinal é fronteira. Perto do Brasil, eles dizem. Mas sempre foi de lá que fugi. Como pode um lugar ser tão belo? Ter tanto ouro, tanto minério, tanto petróleo... tantos canalhas. O Brasil é um pais de canalhas.
Quando saem, todos comemoram... mas nunca esquecem.
O Brasil é o melhor lugar, mas as vezes é preciso encontrar um passado, uma vida, uma mentira bem contada.
Foi por isso que saiu. Hercules Del Marco foi o nome.
Num deserto de sentidos, qualquer coisa que lhe valha uma boa dose serve. Olá! Falou. Uma criança correu e o pai chamou. Uma bebida no balcão, uma ficha na jukebox e uma noite a mais viveu.
Depois que entrou, do resto tentou esquecer. Mais gente chegou... e talvez tenha algo para escrever.
Outro dia;
Talvez.

sábado, 11 de junho de 2011

E assim foi...



Ah! Sair nesse frio de lascar nunca foi problema pra ele. Ninguém é capaz de sentir frio depois de quatro cana na veia. Corre, sobe, sente, grita, dorme... amanhece. Quando olha para o filho, algo muito maior grita-lhe na cabeça. Seja! Compareça!
Vagabundo, alguns gritavam; estranho, outros confirmavam. Sozinho, ninguem notava.
Nem era por isso que lutava.
Dignidade, nem que seja na morte. Honestidade, talvez pensassem.
Que sozinho, ninguem morresse.
Sem sentido, alguem ficasse.
Para que tudo que acontece num dia desse
Cantado,
Para sempre
Todos lembrassem!!!

Espelho

Tudo que precisamos é alimento
Desde a primeira luz, até o fim da alimentação
Só escuridão

Corremos
Cantamos
Celebramos
O encontro, o ilustre... alguém

Sempre soube que seria voce
Nem tentou ser difente
Gente que só pode fazê

De barriga cheia, porque cem
Barriga vazia só pra se diver ti
Aqui agora
Só queremos
Dormir
... sem sentir
Que cem você
Não consigo se di versos mente
Ti

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Mais um pouco de tudo

Qual o peso do tempo? E a dor do tempo?
Tempo da dor...
Templo do peso
Todos queremos ser magros, belos e saudáveis.

Em tempo, não dá para conseguir
Talvez depois de muito reprimir
Será que dói viver sem mentir?

Contra o espelho,
Contra o tempo,
Contra a sobrevivência

Fome de tudo, alguns dizem
Fome de sentido, poucos percebem

Comâmos e bebâmos a existência
Mesmo que certo não seja
Uma noite apenas
Mais torresmo e cerveja!!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Conto de outra noite




Outra noite na mesma. Ok. Você chega em casa se perguntando se vale mesmo a pena; tem outro jeito? O problema são os outros. Todas essas pessoas que olham para sua cara escrota e fazem aquela expressão já conhecida - derrota é o sobrenome desse cara. Claro está que você não liga muito pra isso, ou o contrário? Ligar o foda-se sempre foi a melhor saída... o problema é que você acaba se fudendo também. Vergonha alheia, diriam os mais filosóficos terapeutas virtuais que acumulam na sua caixa de e-mails e nos comentários das redes sociais. O carro velho ainda consegue te levar pra casa e o sofá mofado é o trono de um looser. Ter um empreguinho de merda tem apenas uma vantagem: o vale refeição pode ser transformado numa garrafa de wisky de média qualidade. Enquanto dá a primeira emborcada, mantem a garrafa aberta para completar a segunda dose no copo de requeijão. Foda-se. Acende um cigarro e dá um play nos Stooges. É desse tipo de vida que estou falando!




quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Meio que voltando

Será que estou querendo bater meu próprio recorde de tempo de inatividade do blog?

O que eu sei é que ultimamente, desde que o Renqui foi viajar pelas Cordilheiras dos Andes, não tenho tido muita vontade de escrever aqui.

Talvez seja a falta das bebedeiras intermináveis em bordéis de quinta categoria ou a simples ausência de uma parte da gente que teima em jogar pra fora toda a porcaria encalhada nos recônditos da (in)consciência.

A quem quero enganar? É pura preguiça mesmo!

Outro dia encontrei meu velho amigo (a)Ventura. Quantos rascunhos de poesias inacabadas em apenas uma noite de churrasco, cachaça e música de qualidade duvidável. Mas acho que não foi tudo... no outro dia, pelo que fiquei sabendo, ele continuou jogando pra fora algumas inomináveis partes de "si mesmo". Coitada da esposa que teve que lavar tanto vômito. Um beijo Lilian!

Mais do Adilson aqui:
http://des-venturas-simbolicas.blogspot.com/


Prometo sequestrar nosso velho bloquinho de poesias etílicas e transcrever algumas delas aqui.

Enquanto isso, vou escrever algumas porcarias para postar aqui e matar a sede dos meus milhares de leitores.

Tâmo de volta!!!